domingo, 26 de abril de 2009

Portas fechadas, olhos abertos

Ela abre uma porta, deixa escapar um novo mundo. Invade as ruas, percorre o romantismo urbano com a alma. Entrega-se, apaixonada, ao ininterrupto movimento, o movimento das pessoas, dos carros, do vento, do tempo. Percebe a mágica e o mistério que pairam sobre o ar da cidade.

Lê o pensamento das pessoas, desvenda vidas, faz apostas. Mas sua própria alma lhe é ilegível. Torna-se viva, mas particularmente dependente para uma garota. Dobrando ruas, mudando rumos, fugindo de um destino certo, abrindo os olhos, fechando as portas. Passando a chave, secando as lágrimas. Há muitos caminhos lá fora, mas pouca vida.

Um comentário:

  1. É como se soubesse consertar o mundo, menos o seu.
    É como percorrer todas as calçadas e temer a que se encontra na alma. Longe do mundo lá fora as coisas são diferentes. Não são vistas com as mesmas portas abertas, com a mesma chave que pode abrir alheias portas.

    Existe o mundo lá fora,
    mas dentro.. existe outro universo.. complexo, mas intenso.

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